Após um longo mercado bearish que muitos cunharam como "inverno cripto", o sol finalmente brilhou para o Bitcoin durante o último ano. É verdade que o mercado apresentou um ligeiro declínio durante as últimas semanas, desde a sua máxima histórica de $73.000 atingida em março, mas o preço atual de $67.586 (a 12 de junho) continua a representar um aumento de 50% desde o início do ano e uma valorização estonteante de 160% em 12 meses. Um dos principais fatores que impulsionou o Bitcoin desde o início do ano foi, obviamente, a aprovação dos seus ETFs, que ampliaram a sua adoção entre investidores institucionais e individuais, devido ao nível superior de acessibilidade. Depois, tivemos o antecipado halving do Bitcoin no final de abril, que ainda não manifestou nenhum efeito sobre o preço a longo prazo.
Enquanto entramos na segunda metade do ano, a Reserva Federal dos EUA assumiu o centro do palco para os traders de criptomoedas, enquanto o mercado observa atentamente os seus movimentos em busca de sinais sobre a data dos prometidos cortes sobre as taxas de juro, que deverão aumentar o apetite pelos ativos de alto risco. Com uma perspetiva mais realista para um BTC no nível de $100.000, muitos questionam se a moeda digital conseguirá atingir essa meta até ao final deste ano. Um ambiente geralmente mais positivo no mercado, cenários de flexibilização monetária e a "ressaca do halving" são fatores que podem contribuir para a valorização do Bitcoin. Ao longo deste artigo, iremos analisar todos os possíveis impactos desses fatores sobre o preço do BTC, tentando avaliar a trajetória do mercado na segunda metade de 2024.
Clima favorável
Para além de outros dados fundamentais sólidos, a maior força do Bitcoin neste momento é o seu amplo nível de adoção entre diferentes tipos de investidores. Finalmente, após vários anos de ridicularização, os investidores mais conservadores e até instituições começaram a aceitar o BTC como ativo proeminente nos seus portfólios. O número de investimentos na criptomoeda continua a aumentar. Segundo uma recente sondagem conduzida pela WisdomTree, 36% dos investidores profissionais revelaram intenções de aumentar a sua alocação de capital em ativos digitais ou criptomoedas. De facto, os investidores institucionais injetaram um montante equivalente a mais de mil milhões de dólares no BTC em 2023, e a capitalização de mercado do Bitcoin ultrapassou $1 bilião pela primeira vez na sua história.
Enquanto esta tendência acelera na sequência da aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista (spot) - um veículo rápido e acessível para ganhar exposição ao mercado das criptomoedas sem a necessidade de comprar diretamente e armazenar a moeda digital - podemos antecipar movimentos positivos mais pronunciados durante os restantes meses de 2024. Apesar dos ganhos registados em 2023 e 2024, o clima económico tem permanecido bastante hostil perante os ativos de risco como o Bitcoin. Os investidores irão acompanhar atentamente a reunião de junho do FOMC para tentar prever a data em que Powell decidirá alterar a sua política monetária. Caso a Reserva Federal cumpra a sua promessa e implemente uma primeira redução nas taxas de juro em setembro, o Bitcoin pode encontrar as condições ideais para atingir o seu nível chave de $100.000 até ao final do ano.
Meio caminho andado
O halving do Bitcoin realizado em abril era possivelmente o evento mais antecipado entre os entusiastas das criptomoedas, mas o seu efeito sobre os preços foi um tanto dececionante. No entanto, sabemos que este evento quadrienal tem um impacto retardado sobre o valor da moeda, com a maior parte dos aumentos registados seis meses após cada evento, em média.
O halving diminuiu em 50% as recompensas da mineração por bloco, o que teoricamente, significa que o preço do ativo subjacente, o Bitcoin, necessita de subir para garantir a viabilidade financeira da atividade dos "mineiros". A menos que a tecnologia ASIC garanta um avanço significativo, e considerando os rumores de uma "taxa verde" de 30% sobre a mineração proof-of-work, é difícil pensar em cenários onde o preço não conseguirá aumentar, tendo em conta a importância da mineração para a funcionalidade da blockchain.
No entanto, o experiente analista Nicholas Sciberras da plataforma de investigação Collective Shift acredita que ainda não conhecemos a verdadeira importância do halving sobre os movimentos do Bitcoin. Segundo a sua opinião, "existe a teoria de que o evento do halving, realizado a cada quatro anos, não é tão significativo quanto parece e que, em vez disso, são os ciclos externos de liquidez que criam a ilusão de que este evento despoleta um movimento positivo nos preços". Scriberras também sugeriu que o impacto do halving já estava ponderado no mercado, sendo essa a justificação para a subida astronómica de março até aos $73.000.
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