Para os detentores de ações chinesas, os últimos anos foram uma verdadeira montanha-russa. Desde as medidas restritivas nos ADRs (American Depositary Receipts) dos EUA, a ações "antitrust" internas pelo governo chinês contra as gigantes nacionais da tecnologia, de modo a combater as práticas de monopólio, as ações da segunda maior economia do mundo estiverem sob constante pressão.
Como um mercado em rápida ascensão, com pouca correlação com os EUA e Europa, as ações chinesas eram inicialmente vistas como uma classe importante de ativos para investidores tolerantes ao risco, visando diversificar e maximizar lucros ao longo do tempo. Enquanto outros mercados apresentaram trajetórias "bullish" invejáveis durante os últimos 3–4 anos, os maiores nomes da tecnologia chinesa entraram num período aparentemente infindável de pressão, após a estagnação causada pela pandemia da COVID.
Colocando as coisas em perspetiva, enquanto a Amazon duplicou o seu valor desde o início de 2023, a cotação da Alibaba a 17 de abril de 2024 está exatamente igual ao seu valor de novembro de 2022. A história é semelhante para a Tencent Holding e Baidu, que conseguiram apenas registar um mísero crescimento de 10% durante o mesmo período. No entanto, existe finalmente alguma esperança após notícias positivas da Comissão Reguladora de Valores da China, garantindo que a sua política não irá causar uma onda de exclusões de negociações no mercado. Será que este é o momento ideal para voltar a investir nas empresas chinesas? Quais serão os principais fatores que irão impulsionar ou impedir o crescimento durante os restantes meses de 2024?
Receios da regulamentação
O medo sentido pelos mercados face às consequências dos novos regulamentos foi exagerado. A situação foi amplificada pelo grau relativo de opacidade e imprevisibilidade no contexto regulamentar chinês. No projeto de regulamentação apresentado a 12 de abril, a Comissão Reguladora de Valores da China (CSRC) prometeu elevar a fasquia para ofertas públicas iniciais, forçando a exclusão de empresas não qualificadas e reforçando a supervisão de operações de elevada frequência. As declarações provocaram dois dias de vendas massivas que causaram uma desvalorização de cerca de 10% no mercado.
No entanto, a entidade reguladora esclareceu que as novas regras não irão, na verdade, causar a exclusão em massa de empresas, tendo como único objetivo filtrar as "empresas fantasma" e alienar os malfeitores, garantindo um nível superior de transparência e sustentabilidade no mercado.
Considerando que foram precisamente estas preocupações que afastaram imensos investidores estrangeiros das ações chinesas, a nova legislação pode garantir a entrada sustentável de capital internacional ao longo do tempo. O impacto do ataque dos EUA aos ADRs já foi neutralizado por cotações equivalentes de várias empresas afetadas no índice Hang Seng de Hong Kong. Adicionalmente, considerando que os efeitos das alterações implementadas às Leis Anti Monopólio (AML) no ano passado pelo PCC já foram pesados nos preços, o caminho para o crescimento parece estar finalmente livre.
Valor imbatível
Não é segredo. As ações das maiores empresas de tecnologia da China estão disponíveis a preços incrivelmente atrativos. Isto não é surpreendente após quatro anos de desvalorização constante. Já mencionámos que a Alibaba, Tencent e Baidu não conseguiram apresentar qualquer crescimento significativo nos últimos 18 meses, mas isso é apenas metade da história.
Vamos utilizar a Alibaba como exemplo. O titã do comércio online global está atualmente cotado a um mínimo de oito anos de US$69,61 (HK$68), com uma relação preço/lucro (P/L) de 12,97, representando uma verdadeira pechincha para uma ação de crescimento. Com uma cotação de $HK300,80, há seis anos que o valor das ações da Tencent não estava tão baixo, representando um "desconto" de 50% em comparação com o seu máximo histórico. Quanto à Baidu, o valor das suas ações representa um mínimo superior a dez anos (HK$93,10), e a sua relação preço/lucro (P/L) de 12,47 está quase tão baixa como algumas das ações extremamente seguras de valor dos EUA, incluindo a Wells Fargo e Bank of America.
Considerando que estas empresas têm uma enorme presença em setores populares e escaláveis, incluindo a tecnologia financeira (fintech), computação em nuvem (cloud computing) e IA, num mercado doméstico com cerca de 1,5 mil milhões de pessoas, torna-se óbvio que os fatores que mantiveram os preços artificialmente baixos durante todo este tempo foram os níveis hiperbólicos de medo e desconfiança. Com provas que sugerem que a combinação da nova regulamentação com um nível superior de abertura das autoridades chinesas pode remover a maioria das barreiras para os investidores, podemos encarar estas oportunidades de forma semelhante às ações da Amazon e Apple após a bolha da Internet (bolha das empresas ponto com).
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