Desde a interrupção abrupta do "boom" pós-pandemia no mercado de ações dos EUA no final de 2021, tem sido duro para as empresas tentarem recuperar algum do terreno perdido durante o declínio de 2022. Depois dos maus-tratos infligidos ao mercado das ações, o início deste ano decidiu dar tréguas e os principais índices conseguiram recuperar mais de 10% apenas em janeiro. No entanto, no final de julho, as engrenagens da recuperação começaram novamente a soltar-se.
Desde então, os dois principais índices do país — S&P 500 e Nasdaq 100 — perderam cerca de 10% do seu valor, caindo de 4.576 e 15.826 para 4.193 e $14.409, respetivamente, no espaço de apenas três meses. Todavia, os movimentos desta semana parecem sugerir que existe uma luz ao fundo do túnel para os torturados investidores da bolsa.
Os números mais recentes do Indicador de Confiança dos Consumidores confirmam um crescimento de 0,7% do S&P 500 em 31 de outubro, enquanto o Nasdaq conseguiu recuperar 0,5%. Estas subidas foram amplificadas no dia seguinte, quando a Fed decidiu manter as taxas de juro estáveis, causando saltos adicionais de 1,1% e 1,6% nos respetivos índices. É verdade que estes aumentos parecem insignificantes, mas é um sinal da resposta positiva das ações perante os principais dados económicos, apesar da contínua instabilidade geopolítica (com tendência a piorar). À medida que o mundo tenta interpretar a última decisão e comentários pós-reunião da Fed, traders e investidores em toda a parte começam a tentar decifrar as possíveis implicações para o mercado de ações e se existe a possibilidade de terminar o ano em alta.
Publicação de dados positivos surpreende o mercado
Com a crescente instabilidade geopolítica, que assombra agora também o Médio Oriente, a inflação persistente e encargos superiores sobre empréstimos, seria de prever notícias negativas para os principais indicadores económicos. No entanto, pelo menos nos EUA, o impacto silencioso destes múltiplos fatores deixou os analistas boquiabertos. Embora os recentes números do Indicador de Confiança dos Consumidores, publicados esta semana pela Conference Board, tenham de facto diminuído desde o mês anterior, o declínio de 103 para 102,6 em setembro foi bastante inferior à descida de três pontos prevista pela Reuters na sua recente sondagem.
Entretanto, o mercado de trabalho americano manteve-se completamente inabalável pela incerteza ubíqua que continua a desafiar todas as probabilidades. Após adicionar 336.000 novos postos de emprego em setembro, a taxa de desemprego mantém-se saudavelmente estável nos 3,8%. O relatório de Ofertas de Emprego e Rotatividade Laboral (JOLTS) dos EUA também demonstrou o número mais baixo de despedimentos em nove meses, enquanto as ofertas de emprego disponíveis — um indicador chave do nível da procura de mão de obra — aumentaram em 56.000 para 9.553 milhões no último dia de setembro. No geral, o relatório indicou 1,5 vagas abertas para cada pessoa desempregada nos EUA, em forte contraste com a média de 1,2 exibida antes da pandemia.
Embora as razões que justifiquem o forte desempenho do mercado de trabalho ainda não sejam totalmente claras, é sem dúvida um fator positivo para as ações em geral, que pode indicar um aumento sustentado de curto a médio prazo.
A Fed alimenta a confiança nos ativos de risco
Com uma medida bem recebida pelos investidores, a Reserva Federal dos EUA decidiu manter as taxas de juro estáveis pelo segundo mês consecutivo durante a reunião de 1 de novembro, optando igualmente por manter a taxa alvo dos fundos federais entre 5,25% e 5,50%. Esta ação foi interpretada por muitos como um sinal de que o regulador americano finalmente terminou o seu ciclo de aumentos para as taxas de juro, e foi por essa razão que o mercado respondeu à notícia de forma tão calorosa.
No entanto, como já é típico nas reuniões do FOMC, é nos comentários finais para a imprensa que conseguimos retirar as maiores pérolas de sabedoria. Durante os seus comentários pós-reunião, por exemplo, Powell aprofundou a sua avaliação da economia, afirmando que "a atividade económica expandiu a um ritmo bastante forte durante o terceiro trimestre", em comparação com o "ritmo sólido" que o mesmo referiu em setembro.
Ironicamente, parece que os representantes da Fed acreditam que é precisamente a força do mercado de trabalho e o crescimento do PIB (acima do esperado) que continua a manter a inflação elevada, com Powell a declarar que "será necessário vermos um crescimento mais lento e algum enfraquecimento no mercado de trabalho para conseguir restaurar completamente a estabilidade dos preços". Apesar da recente decisão para preservar as taxas de juro, não parece que os legisladores hesitem em aplicar aumentos adicionais no futuro, caso seja necessário, mesmo que decidam manter as taxas estáveis por uma terceira vez em dezembro. Tudo isto equivale a um compromisso tácito do banco central com uma política mais dócil, sendo uma notícia excelente para os investidores na bolsa. Assim que o mercado aceitar o verdadeiro final do ciclo de aumentos, o dinheiro voltará a fluir livremente para os ativos de risco.
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