Recentemente, uma crise energética sem precedentes tem sido um dos temas principais de conversa em todo o mundo. Enquanto os preços do gás na Europa ultrapassaram os €300 por MWh, o mundo ficou aterrorizado com o caos que se poderia instalar durante a estação mais fria, aumentando o sofrimento dos consumidores. No entanto, enquanto o Velho Continente se prepara para “tirar o pó” aos seus radiadores, os futuros do precioso combustível que é o gás natural estão cotados em cerca de €100 por MWh, um valor que ninguém poderia prever há alguns meses. E as boas notícias não acabam por aqui. Embora os preços dos combustíveis nas bombas tenham subido drasticamente, para mais do dobro em alguns casos, o preço do petróleo Brent desceu cerca de 30% do seu valor anual mais elevado de $127,98. Portanto, quais são os fatores que determinam esta descida ilógica (mas bem-vinda) nos preços dos combustíveis, e como podem os traders aproveitar esta tendência?
As alterações climáticas ao resgate
Por muito grave que seja o aquecimento global, é provável que tenha salvo a pele de imensos europeus este ano. O outono atipicamente ameno que tivemos até agora significa que várias casas não foram obrigadas a ligar os sistemas de aquecimento. De momento, as temperaturas no noroeste da Europa, que inclui alguns dos maiores consumidores do continente como a Alemanha e França, estão acima dos valores médios a longo prazo. Entretanto, as previsões mais recentes indicam temperaturas superiores ao normal até ao início de novembro. Consequentemente, prevê-se que os preços do gás se mantenham moderados durante pelo menos o próximo mês. É claro que isto não significa que já ultrapassámos o pior. Nem lá perto. Vários especialistas preveem a chegada de um inverno de frio atípico. Por isso, quando as temperaturas adversas chegarem, nada vai impedir a subida repentina do preço do gás, na ausência de uma solução a longo prazo para os atuais problemas de fornecimento.
Depósito cheio
Para além do clima atipicamente quente, existem, obviamente, outros fatores em jogo. Enquanto os preços continuavam a subir de forma desmedida, a Europa iniciou um período de aquisição para garantir o aquecimento dos seus cidadãos no inverno. Como resultado, as instalações de armazenamento de gás da Europa estão agora a operar a 93% da sua capacidade, o que significa que os governos europeus não têm a infraestrutura necessária para armazenar mais gás natural que queiram comprar. Com a utilização reduzida dos sistemas de aquecimento por parte dos consumidores, também não é possível gastarem todas as reservas para substituir com o gás relativamente barato disponível agora.
Tudo isto significa que a procura por gás natural está substancialmente abaixo da média neste período do ano, o que, em retorno, está a baixar os preços no mercado aberto. Dessa forma, podemos esperar que a tendência descendente dos preços continue até à chegada do tempo frio. Contas feitas, parece que ultrapassámos a crise antecipada por todos após a sabotagem do gasoduto russo Nord Stream… pelo menos por enquanto. Dada a preparação de vários países da Europa, um inverno normal ou ameno pode prevenir que os preços voltem a subir, ou até provocar uma ligeira descida.
Qual é a situação nos EUA?
Sendo a Europa a atual protagonista, é fácil esquecer que existem outros mercados importantes de gás natural no mundo. Os EUA, por exemplo, são um produtor próspero deste recurso natural e, prevendo que o quinhão do gás russo seja menor no setor energético durante este inverno, os preços apresentados no outro lado do Oceano Atlântico têm um peso especial este ano. A variação percentual de preços dos EUA tem sido bastante semelhante à da Europa, com o gás agora 40 a 50% mais barato comparativamente aos valores apresentados há dois meses. O Henry Hub está atualmente cotado em $5,17 por 1 milhão de BTU (0.3 MWh), o que é significativamente mais barato do que qualquer outra opção atualmente disponível na Europa.
Após a recente descida, o valor do gás europeu continua quase 20 vezes superior à oferta dos EUA. Se o custo do transporte não fosse tão inviável, seria possível resolver facilmente esta crise energética. Para os cidadãos americanos, os preços de compra aumentaram no último ano, mas o aumento não foi tão dramático como na Europa. Os preços nos EUA têm sido bastante mais elevados do que os seus níveis atuais durante cerca de dez dos últimos doze anos, enquanto a TTF holandesa indica preços quatro vezes mais altos do que a média histórica do preço por MWh. Com a incerteza do atual clima económico, esta realidade é claramente insustentável para a União Europeia, e deverá forçar medidas políticas para resolver o conflito geopolítico nas suas fronteiras.
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Com a atual instabilidade política e económica em todo o mundo, e com um inverno severo ao virar da esquina, ninguém consegue prever o estado do mercado energético a curto ou médio prazo. No entanto, com a Libertex, pode certamente encontrar oportunidades para negociar CFDs relacionados com o gás natural, long ou short, para maximizar a diversificação. A gama extensa de CFDs da Libertex inclui o índice de gás natural Henry Hub, para quem prefere negociar diretamente o recurso (commodity) subjacente. Também oferecemos uma vasta variedade de CFDs em ações no sector energético, tais como a Gazprom, Petrobras e Exxon Mobil. A escolha é sua! Aproveite os nossos spreads reduzidos e comissões baixas para negociar com a máxima conveniência na nossa aplicação premiada. Para obter mais informações ou criar hoje a sua conta, visite www.libertex.com
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