Alternativas a Bitcoin: Quais as Melhores Altcoins?

Em muitos aspetos, o Bitcoin dominou o mercado das criptomoedas. Durante anos, até Março de 2017, o Bitcoin abrangia entre 75% e 95% do montante total do mercado de moedas virtuais.

A escassez do Bitcoin (devido ao seu limite de 21 milhões de moedas) também tem tido um papel no reforço da sua valorização superior a todas as outras moedas virtuais. Os investidores têm usufruído das vantagens do Bitcoin no mercado (o trading começou em Março de 2010), bem como das suas inúmeras parcerias com várias plataformas comerciais.

Mas, o que acontece se o Bitcoin já não for a melhor das moedas virtuais? Por exemplo, a sua rede de blockchain tem sido abatida pela incapacidade da comunidade chegar a um consenso sobre as atualizações a implementar. O resultado foi a validação da transação e tempos de liquidação significativamente mais lentos do que os seus pares.

O conceito de blockchain tem sido replicado e está a ser usado para centenas de altcoins, que podem ser compradas e vendidas nas bolsas digitais. Bitcoin não é a única moeda digital nem a única maneira de investir. Na verdade, a tecnologia por detrás do Bitcoin sempre quis ser de fonte aberta.

Isto cria uma série de novas oportunidades. Pode não ter tirado vantagem da subida repentina do preço do Bitcoin, mas existem outras criptomoedas que podem estar prestes a chegar ao topo.

Segue uma lista de algumas das altcoins mais famosas. Há muitas experiências na blockchain que usam a venda de tokens para financiar o seu projeto e alimentar a rede.

Este artigo visa oferecer uma visão geral. Deve pesquisar mais se quiser comprar criptomoedas. Vale a pena notar que comprar algumas das moedas virtuais aqui mencionadas não é fácil. Em muitos casos, é necessário comprar Bitcoin e Ethereum primeiro. Tal como em todos os investimentos, mas especialmente com os do mundo cripto, evite investir dinheiro que não possa perder, dada a volatilidade do mercado.

Ethereum

Ethereumé, há cerca de um ano, considerada por quase toda a gente como a segunda criptomoeda mais valiosa. Também poderia ser considerada a criptomoeda mais importante no mundo, graças ao uso da sua tecnologia blockchain. Blockchain é o registo digital, distribuído e descentralizado, responsável pelo registo de transações de forma transparente e imutável.

Existem dois fatores que permitem que o Ethereum se destaque. Primeiro, a sua tecnologia blockchain permite usos monetários e não monetários, ao passo que a blockchain e o token do Bitcoin terão de ser usado apenas para transacionar bens e serviços. Os bancos podem usar a blockchain Ethereum para agilizar a validação e liquidação de transações, com a mesma facilidade com que os retalhistas podem usá-la para monitorizar bens que se movem numa cadeia de oferta em tempo real. Apesar de nem todas as indústrias e sectores beneficiarem obrigatoriamente com a blockchain, a rede subjacente ao Ethereum oferece versatilidade suficiente para atrair atenção. De facto, a Enterprise Ethereum Alliance, a maior iniciativa da blockchain de fonte aberta, tem agora mais de 400 organizações fortes.

Depois, a incorporação de contratos inteligentes pelo Ethereum é crucial. Os contratos inteligentes são protocolos integrados numa rede blockchain que atuam como orientações para execução. Imaginemos que uma empresa quer comprar mais produtos quando as suas vendas alcançarem um certo nível; os contratos inteligentes podem fazê-lo, ao executar a ordem. Os mesmos ajudam a facilitar, verificar e executar a negociação de um contrato que, neste caso, seriam os termos legalmente vinculativos que as partes, que podem ser pessoas ou empresas, acordaram.

Os contratos inteligentes e a utilidade da blockchain do Ethereum oferecem um argumento forte para que possa superar o Bitcoin no futuro.

Litecoin

A maioria das moedas virtuais está ligada à sua tecnologia blockchain subjacente. No entanto, o Litecoin visa superar o Bitcoin no seu próprio jogo como meio de câmbio.

De acordo com os dados de transação diária da BitInfoCharts.com, o Bitcoin ficou preso entre 150.000 e 300.000 transações por dia desde o início de 2016. Entretanto, o Litecoin deixou de lidar com números abaixo das 10.000 transações por dia, em média, há um ano atrás, para números entre 25.000 e 35.000 transações por dia nos últimos meses, com um tempo médio de processamento de bloco de apenas 2 minutos e 30 segundos. (Um bloco é um termo que descreve um grupo de transações validadas como corretas). Por comparação, a rede Bitcoin realiza a mesma tarefa em 10 minutos. Litecoin oferece uma validação e tempos de resolução significativamente mais rápidos do que os da concorrência. Litecoin pretende ser parceiro do maior número de traders possível e fez um bom trabalho a reduzir a lacuna do Bitcoin em termos de total de transações diárias.

Mas o Litecoin também não é perfeito, apesar do seu fundador, Charlie Lee, estar a trabalhar a tempo inteiro para promover o desenvolvimento de Litecoin e facilitar o registo de novos traders. Infelizmente, teve alguns problemas. Por exemplo, Lee promoveu o desenvolvimento e esperou lançar a Litepay, uma plataforma de pagamento concebida especificamente para suportar o Litecoin, apesar de desenvolvido independentemente do Litecoin. Infelizmente, a LitePay nunca foi lançada. Consequentemente, O CEO de LitePay, Kenneth Asare informou o Litecoin sobre a sua intenção para parar de trabalhar na plataforma e vender a empresa.

No entanto, mesmo com esses retrocessos, poucas ou nenhumas criptomoedas demonstraram capacidade de processar transações mais rapidamente do que Litecoin.

Ripple

Ripple, também conhecido como XRP, é o mais recente rival do Bitcoin, que teve sucesso após um aumento de valor no final de 2017, tornando-se na terceira moeda mais valiosa pela capitalização de mercado. Ao contrário do Bitcoin, que é altamente descentralizado, o Ripple está ligado a instituições financeiras. Foi lançado em 2012 para legitimar os bancos para fazerem transferências monetárias mundiais. É mais difícil de obter do que outras criptomoedas, já que terá de pagar com Bitcoin ou Ethereum.

Monero

Moneroé outra criptomoeda alternativa que tem a oportunidade de destronar o Bitcoin como o token virtual mais importante do mundo. A diferença substancial é que Monero se foca na privacidade.

Monero é ideal para quem quer evitar as redes bancárias tradicionais, bem como quem não quer ficar sob o radar. Isto pode vir a ser suficiente para aumentar a sua capitalização de mercado a longo prazo.

Uma criptomoeda de privacidade é um token virtual que reforça completamente a expetativa do anonimato da transação. De facto, a maior parte das redes Blockchain não são tão privadas como se possa pensar. A análise de Blockchain pode, muitas vezes, revelar o remetente e o beneficiário dos fundos. Com as moedas de privacidade como Monero, a proteção está estabelecida para ocultar o remetente e o beneficiário dos fundos, bem como para mascarar o montante enviado. Com respeito especificamente a Monero, isto é feito com assinaturas ring. Nunca será conhecido quem foi o verdadeiro remetente, e o único a receber o alerta é o beneficiário dos fundos.

Bitcoin Cash

Esta alternativa não está muito longe do Bitcoin. Quando o valor de mercado do Bitcoin disparou no ano passado, toda a gente começou a investir ao mesmo tempo. Isto criou atraso nas transações, porque os mineiros não conseguiram acrescentar blocos suficientes atempadamente. O Bitcoin Cash foi separado da moeda original em Agosto de 2017 para resolver este problema. Conhecido como hard fork, o Bitcoin Cash funciona da mesma forma que o Bitcoin, exceto no facto de que os seus blocos aumentaram de 1MB para 2MB, para ajudar a acelerar as transações e manter as baixas taxas. No entanto, desde que o Bitcoin caiu, o preço do Bitcoin Cash seguiu a mesma tendência.

Stellar

Outra criptomoeda que teve oportunidade de substituir o Bitcoin foi Stellar, que ganhou fama pela sua blockchain e pela sua moeda, Lumens.

A blockchain de Stellar é venerada por dois aspetos. Primeiro, é verdadeiramente rápida. A maior parte das transações podem ser validadas e resolvidas entre dois a cinco segundos. Pode não ser vista como transação em tempo real, mas é consideravelmente mais rápida do que os cinco dias úteis que os pagamentos podem demorar nas redes bancárias tradicionais. Depois, tal como o Ethereum, Stellar incorpora o uso de contratos inteligentes, que permitem às empresas personalizar, legalmente, contratos vinculativos para as suas necessidades empresariais.

Stellar especificou algumas associações que merecem atenção. Atualmente, a moeda Lumens está a ser usada no projeto blockchain IBM, nos doze maiores bancos do Sul do Pacífico, para expedir o acerto de contas. Antes desta parceria ser anunciada, Stellar e o Banco da Índia UCICI trabalharam juntos para criar soluções blockchain, para aumentar as velocidades de processamento das transações nesse país. Considerando que a população da Índia não tem a banca mais eficiente, a blockchain pode desempenhar um papel de alteração das economias e dos mercados emergentes como este.

Apesar de Stellar ainda não ter demonstrado a sua capacidade de crescimento, o seu crescente grupo de associações e a sua rede blockchain com processamento relativamente rápido não deve deixar de preocupar os investidores em Bitcoin.

VeChain Thor

Se nos focássemos estritamente nas aplicações blockchain que não são moedas, VeChain Thor poderia ser a alternativa mais provável a tirar ao Bitcoin o título de moeda digital mais valiosa do mundo.

VeChain Thor é uma empresa blockchain como serviço, que se foca sobretudo na logística da cadeia de fornecimento. Para além dos chips inteligentes desenvolvidos, VeChain Thor usa essencialmente a blockchain e a Internet das Coisas para acompanhar produtos em tempo real, manter os produtos contrafeitos fora das cadeias de fornecimento, e permitir que retalhistas e grossistas vejam a forma como os produtos são feitos em vários testes de controlo de qualidade.

O que coloca VeChain Thor no mapa são as suas recentes associações. Primeiro, tem parceria com o serviço de seguro mundial DNV GL, para permitir que os retalhistas acompanhem produtos em tempo real. Mas o grande destaque foi o anúncio, no final de Fevereiro, de que a gigante dos automóveis, BMW, também iria juntar-se. Em particular, VeChain Thor e a sua blockchain inalterável vão ajudar a BMW a acompanhar as cadeias de fornecimento das peças dos seus carros.

Além disso, VeChain Thor também foi a primeira moeda digital a aprovar o Plano de Recuperação do Desastre das Criptomoedas (CDRP). O CDRP atua como teste de stress para um mercado que apresenta ameaças sérias e prováveis aos titulares. Determinou-se que as respostas de VeChain Thor a essas ameaças eram suficientes para proteger os ativos dos titulares de tokens.

Dinheiro Digital (DASH)

O Dash teve um 2017 positivo, tal como o resto das altcoins mais importantes, passando de $10 por token a um máximo de $1.200 no final do ano. Ficou estabelecido desde aí, mas um grande aumento nos últimos 12 meses coloca-o diretamente no top 20 das criptomoedas pela market cap.

Originalmente chamado Xcoin e depois Darkcoin, o Dash foi oficialmente lançado em 2014. Ganhou rapidamente popularidade no início do seu ciclo de vida, e manteve-a desde então graças à sua defesa da privacidade do titular, através da função PrivateSend. PrivateSend atua efetivamente como um seguro oficial, fazendo com que as transações Dash se tornassem ainda mais foscas, dando mais privacidade aos seus titulares.

Conclusão

Apesar de acontecerem coisas novas e emocionantes no espaço das criptomoedas quase todas as semanas, ainda não existe garantia de que essas moedas virtuais, ou até o Bitcoin, tenham tudo o que precisam para sobreviverem e prosperarem a longo prazo. A regulação fragmentada consoante o país, bem como o facto dos investidores não terem uma participação verdadeiramente importante num ativo, ou seja, a blockchain subjacente, fazem com que as criptomoedas sejam uma grande aposta.

Conforme mencionado acima, a compra e venda direta de criptomoedas no mercado não é a única nem sempre é a melhor forma de investir neste mercado. CFD (contratos para a diferença) é uma forma de trading que também apresenta uma série de vantagens (tal como a abertura de posições longas e curtas) especialmente relevantes para um mercado como o das criptomoedas.

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