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78% das contas dos investidores a retalho perdem dinheiro quando negoceiam CFDs com este prestador.

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China volta a crescer enquanto relaxa as restrições "covid zero"

Thu, 04/20/2023 - 12:07

Depois de aproximadamente dois anos de relativa normalidade no mundo em geral, a maioria já esqueceu praticamente que a pandemia existiu. Por muito duras e inéditas que tenham sido os confinamentos, restrições nas viagens e medidas de distanciamento social impostas na altura, esse período tumultuoso é agora uma memória distante. Para os cidadãos da China, no entanto, essas restrições draconianas foram bastante mais intensas e duradouras. Nunca iremos esquecer as histórias de horror que ouvimos apenas há alguns meses, incluindo residentes confinados nos seus gigantes prédios de apartamentos, sequestros noturnos de inconformistas pela força policial da quarentena e até mesmo execuções despropositadas de animais de estimação. Escusado será dizer que o impacto da política "covid zero" do Partido Comunista Chinês sobre o PIB da China foi catastrófico, registando um crescimento de apenas 3% em 2022 (baixo, comparativamente aos 6% de 2019). Entretanto, a economia dos EUA já ultrapassou a sua taxa de crescimento do PIB pré-pandemia em mais de 0,5%.

Mas agora, após três longos anos de restrições intermitentes, as autoridades anunciaram finalmente o final da sua controversa política "covid zero" — ao som de ondas de aplausos dos cidadãos chineses e investidores globais. A resposta nas estatísticas nacionais e mercados domésticos foi extremamente positiva. O PIB cresceu em 4,5% no primeiro trimestre de 2023, esmagando o valor previsto. Entre os setores mais fortes, como seria de esperar, estão as vendas a retalho (+10%) e serviços (+5,4%), embora a produção industrial também tenha ultrapassado as projeções de analistas com um crescimento recorde de 3,9% em março. Enquanto a Goldman Sachs confirma a sua projeção anual bullish de 6% para o crescimento do PIB, vários investidores se questionam sobre o impacto do ressurgimento da China nos mercados chineses e globais.

Quando as fichas (azuis) caem

Como resultado da pandemia e outros fatores regulamentares, algumas das empresas chineses com maior potencial foram sugadas para uma espiral descendente durante vários anos. Entre as organizações afetadas mais famosas e respeitadas, encontramos a Baidu, Tencent e, claro, Alibaba. Desde os seus períodos de alta em 2021, estes gigantes da tecnologia chinesa viram cortes de 50% e 75% no valor das suas ações. E embora nem toda esta dor possa ser atribuída aos confinamentos e restrições, estes fatores certamente não ajudaram no processo de recuperação.

De momento, enquanto o setor retalhista se reergue, começamos a ver alguns sinais positivos para o crescimento. De facto, a Baidu já registou um aumento superior a 10% no valor das suas ações desde o início do ano, enquanto a Tencent e Alibaba apresentaram aumentos de 8,5% e 4%, respetivamente. É impossível evitar o pensamento de que, caso principais fatores de crescimento como as vendas a retalho e serviços continuem como projetado, isto será certamente benéfico para as cotações das ações destas entidades tão imponentes no e-commerce chinês e mercados de serviços remotos. Embora vários investidores ocidentais continuem sensatamente cautelosos sobre investimentos em empresas do país, a trindade "big tech" chinesa representa uma avenida relativamente segura para ganhar exposição ao mercado de ações da China.

Ainda não sabemos se a incerteza regulamentar contínua irá manter a moderação nestas ações. No entanto, os comentários mais recentes da Administração Estatal de Regulamentação do Mercado (SAMR) sugerem o final da repressão, afirmando que o seu foco principal em 2023 será manter a "base da segurança do desenvolvimento" e fortalecer o seu "efeito de ligação" com os mercados internacionais.

Atrás da cortina de bambu

Embora o crescimento do PIB na China, acima das previsões, seja claramente um fator bullish para os mercados domésticos, quais serão as implicações para as ações dos EUA e Europa? Bem, dizem que a maré alta levanta todos os navios e — sendo a China responsável por praticamente um quinto do PIB global — tudo o que é positivo para Pequim irá, sem dúvida, beneficiar outras economias em todo o mundo. No entanto, prevendo que grande parte deste crescimento pós-confinamento será limitado ao consumo privado e aos mercados retalhistas, o efeito positivo de contágio será provavelmente exclusivo aos EUA e Europa.

Num relatório recente, a Fitch Ratings sugere que o maior boom será sentido pelas empresas com "ligações mais próximas aos mercados consumidores chineses através do comércio de mercadorias e turismo". Posto isto, com o fortalecimento simultâneo do dólar e do euro observado recentemente, em conjunto com um crescimento mais moderado no setor industrial e produção da China, podemos ver um aumento no número de exportações a preços mais competitivos. Isso implicaria custos menores para os importadores americanos e europeus, permitindo-lhes aumentar as suas margens e, consequentemente, os seus lucros. Ainda estamos na fase inicial, mas desde que as políticas dos bancos centrais ocidentais não adotem uma postura mais agressiva, o efeito dominó para as ações no setor da produção nos EUA e Europa pode ser significativo.

Encontrar a energia

Pergunte a qualquer economista e receberá sempre a mesma resposta: a recuperação económica não pode existir sem grandes quantidades de energia. E mesmo durante o boom das energias renováveis que ocorreu nos últimos anos, isso ainda significa quantidades notáveis de petróleo e gás. Agora, não é segredo que a Rússia e a China solidificaram as suas relações durante as tensões geopolíticas entre o continente euroasiático e o ocidente. Considerando as severas sanções impostas sobre o petróleo e gás russo e limites de preço, Putin continua satisfeito ao fornecer o crude dos Urais a preços de "saldo", assim como Xi não se importa de o receber.

No entanto, a China é um colosso industrial e a projeção para o seu consumo anual em 2023 aponta para um valor superior a 11,8 milhões de barris por dia (bpd), um milhão de bpd acima da produção diária total da Rússia. Considerando que a Rússia também tem compromissos com a Índia e outras grandes nações industrializadas, a China terá que colmatar o défice por outras vias. Consequentemente, podemos antecipar a subida de preço do Brent e WTI no centro do aumento da procura global e limitações de fornecimento. Adicionalmente, como também é referido pela Fitch Ratings no relatório supramencionado, um forte aumento na procura por gás natural liquefeito (GNL) entre os consumidores chineses "pode interromper a desinflação liderada pela energia que prevemos para este ano na Europa, onde os inventários de gás foram reabastecidos em parte pelo aumento de importações de GNL". O resultado final seria o aumento dos preços da energia para muitos europeus, que poderia continuar até ao início da próxima estação fria.

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Alerta de Risco: Os CFDs são instrumentos complexos e existe um risco elevado de perder rapidamente o seu dinheiro devido à alavancagem. 85,9% das contas de investidores não profissionais perdem dinheiro ao negociar CFDs com este serviço. Aplicam-se spreads reduzidos. Verifique os nossos spreads na plataforma. Deve ter em conta se entende como funcionam os CFDs e se pode dar-se ao luxo de correr o alto risco de perder o seu dinheiro.