Pouco mais de um mês após a notícia da histórica aquisição do Credit Suisse pela UBS, estamos finalmente a ver os primeiros resultados de uma das fusões e aquisições mais importantes na história da banca. Como parte do negócio mediado por reguladores suíços, a UBS pagou 3 biliões de francos suíços ($3.25 biliões) pelo Credit Suisse, cerca de 60% menos do que o banco valia quando os mercados encerraram na sexta-feira de 17 de março. Embora vários acionistas do Credit Suisse e outros titulares de obrigações de nível um tenham sido dizimados pela aquisição, a esperança era que pudesse proteger os impressionantes $1.7 triliões de ativos sob gestão da histórica instituição suíça, evitando uma crise com um potencial devastador, semelhante à crise financeira global de 2007.
Há primeira vista pode parecer uma perspetiva melodramática mas é importante relembrar que, nos dias que antecederam o anúncio, o Credit Suisse consumiu quase 20 vezes o valor da taxa de aquisição acordado devido aos levantamentos líquidos diários de aproximadamente $10 biliões. Na verdade, nem mesmo o empréstimo de $54 biliões cedido pelo Banco Nacional Suíço conseguiu estancar a hemorragia. Mas agora, à medida que a UBS publica os seus primeiros resultados trimestrais desde a aquisição forçada, vários corretores e investidores estão a questionar-se se o negócio reúne as condições necessárias para atingir os objetivos pretendidos e, se sim, qual será a reação mais provável dos mercados globais.
Por enquanto, tudo bem
Obviamente, ainda é demasiado cedo para retirar conclusões, mas as respostas iniciais dos mercados e do património privado têm sido bastante encorajadoras. Talvez o ponto positivo mais visível seja o aumento de praticamente 10% no valor das ações que observámos ao longo deste último mês, demonstrando que os investidores estão confiantes na capacidade da UBS estabilizar o barco e promover uma nova onda de crescimento para os próximos anos. No seu relatório do primeiro trimestre, a UBS também salientou que conseguiu atrair $28 biliões em dinheiro novo para a sua unidade de gestão de património global. Embora represente apenas cerca de metade do valor que foi perdido durante os últimos dias de agonia das atividades de gestão de ativos do Credit Suisse, é certamente um passo na direção certa.
Claro que nem todas as notícias são positivas. Longe disso. O desempenho da UBS ficou significativamente aquém das expetativas iniciais dos analistas, com uma queda de 52% no rendimento líquido para apenas $1.03 biliões entre projeções que apontavam para os $1.75 biliões. No entanto, é importante salientar que estas previsões foram realizadas muito antes da inesperada e ligeiramente forçada aquisição do Credit Suisse, que teria sempre um impacto substancialmente negativo nos resultados do banco. Caso esta tendência permaneça até ao quarto trimestre, podemos certamente considerá-la como um sinal positivo de que é improvável vermos uma crise total no sistema bancário da Europa e que a inflação está relativamente sob controlo.
Podemos acreditar nos bancos?
Esta recente crise bancária começou com o colapso simultâneo dos mutuantes amigos das criptomoedas Silvergate, Silicon Valley Bank e Signature Bank. Outros bancos, como o First Republic, tiveram a sorte de sobreviver ao evento que já foi apelidado como "a primeira corrida bancária alimentada pelo Twitter". Embora o regulador suíço tenha conseguido evitar com destreza o que teria sido um fracasso catastrófico para o capital europeu, poderíamos facilmente ter visto o inverso. Portanto, com tantos bancos europeus ainda perigosamente descapitalizados, é muito provável que não tenhamos tanta sorte da próxima vez.
Apesar da presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmar que "o setor bancário da zona euro é resiliente, com posições fortes de capital e liquidez" e que "a caixa de ferramentas da política do BCE está completamente equipada para apoiar a liquidez no sistema financeiro da zona euro", o nível de preocupação ainda é forte entre os participantes comuns do mercado e economistas. A maior preocupação é que qualquer programa de grande escala para resgatar Bancos Globais Sistematicamente Importantes (G-SIBS) como o Credit Suisse, poderia resultar na criação de colossos que, nas palavras do economista alemão Hans-Werner Sinn, poderiam tornar-se "demasiado grandes para resgatar". Não podemos esquecer que o UBS precisou do seu próprio resgate financeiro há apenas 15 anos, e que em caso de nova situação semelhante, com o seu novo volume, até mesmo o FMI terá dificuldade em financiar a instituição.
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