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74,91% das contas dos investidores a retalho perdem dinheiro quando negoceiam CFDs com este prestador.

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O FED estabelece as taxas enquanto a inflação continua a descer

Fri, 02/03/2023 - 15:48

Não foi há muito tempo que a inflação parecia estar completamente fora de controlo, ameaçando destruir o poder de compra global nos próximos anos. No entanto, graças ao plano de ação de vários bancos centrais em todo o mundo, o monstro da pressão sobre os preços parece estar novamente sob controlo. No espaço de pouco mais de 12 meses, a Reserva Federal dos EUA aumentou as suas taxas de juro efetivas em mais de 400 pontos base (bps) para níveis que já não víamos desde 2007. Entretanto, o BCE da área europeia aumentou a sua própria taxa de juro em 250 bps, com o Banco da Inglaterra a optar por uma subida de 300 bps no mesmo período.

Aumentar as taxas para combater a inflação é uma jogada clássica dos bancos centrais, quase tão antiga quanto o tempo. O raciocínio é que enquanto o custo dos empréstimos aumenta, o valor do dinheiro existente estabiliza. Isto é fantástico em teoria, mas num mundo tão super-alavancado como o atual, também representa um risco substancial para a economia global, sendo que os encargos das dívidas para empresas e cidadãos são exacerbados pelos pagamentos adicionais em taxas de juro. Por enquanto, a estratégia parece estar a funcionar de forma satisfatória, mas quais serão os efeitos deste ciclo infindável de aumentos nos mercados de câmbio globais?

FED contra a inflação

Não existe margem para dúvida: foi a Reserva Federal dos EUA que atacou a pressão sobre os preços com mais força, sendo definitivamente a entidade mais agressiva entre os três grandes bancos centrais do mundo. Isto foi possível devido ao seu nível de flexibilidade, pois já tinham as taxas de juro mais elevadas do mundo ocidental antes da hiperinflação de 2021-2022. Adicionalmente, também tinham o privilégio da segurança energética durante um período particularmente adverso para a Europa. Como a energia é necessária para produzir tudo, os aumentos de 5 a 10 vezes nos preços da energia tiveram um impacto profundo no índice de preços ao consumidor na Europa, muito superior ao dos EUA.

De qualquer forma, a entidade reguladora americana cumpriu a todas as expetativas dos analistas ontem (1 de fevereiro de 2023), quando aumentou as suas taxas de juro em mais 25 bps, transformando imediatamente as taxas de juro para 4,75% - 5%. Embora o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, tenha afirmado que o aperto na sua política monetária tenha sido eficaz na suavização da pressão sobre os preços, também mencionou que a inflação "continua demasiado alta", prometendo "manter-se firme até que o objetivo seja alcançado". O efeito foi o fortalecimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, com o T-bill de 10 anos a cair 13 bps para um valor mínimo de 3,4% em quatro meses. Entretanto, o valor do dólar continuou relativamente intacto, uma vez que o aumento desta taxa já tinha sido praticamente estabelecido.

Lagarde volta à corrida

O principal regulador europeu foi alvo de algumas críticas pelo plano de ação relativamente suave para a sua política monetária, uma vez que a UE enfrentou uma severa inflação em meses recentes e continua atrás dos EUA e Grã-Bretanha por 100-200 bps. Esta diferença deve-se ao seu ponto de partida inferior, depois de anos sem taxas e substancial consideração pelos devedores comuns. No entanto, o BCE cumpriu a sua promessa e aumentou as taxas por 50 bps, elevando o valor agregado da sua taxa para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, também fez questão de se comprometer a "pelo menos mais uma" subida da taxa antes do final do ano, o que certamente dará aos falcões da UE algum consolo. 

Isto também nos permite identificar a meta para a "taxa final" da entidade reguladora da Zona Euro, inicialmente definida por Lagarde nos 3,5 - 3,75%. O Conselho do BCE também declarou que o portefólio do programa de compra de ativos (APP) irá cair em média €15 mil milhões por mês do início do mês de março até ao final de junho de 2023, em concordância com as afirmações de dezembro. O valor do euro desceu ligeiramente após o comunicado, destacando que alguns dos participantes do mercado continuam a nutrir algumas dúvidas sobre a possibilidade de concretizar esse objetivo a médio prazo.

O BoE segue com a sua política

Desde o Brexit, a Grã-Bretanha errou certamente ao orientar a sua política monetária de acordo com o seu "primo transatlântico", em vez de seguir os passos dos seus vizinhos europeus. No entanto, não podemos ignorar que o BoE foi o primeiro banco central a iniciar um processo de mudança cauteloso pós-pandemia. A partir desse ponto, todavia, o Reino Unido continua a correr atrás do FED para igualar os aumentos de 50-75 bps do regulador americano. Como previsto pelos analistas, fevereiro não foi diferente, sendo que a entidade britânica anunciou o aumento da sua taxa de juro por 25 bps. Vários analistas e economistas vão continuar atentos em busca de sinais que confirmem que este décimo aumento consecutivo nas taxas de juro seja o último do Banco de Inglaterra.

Um fator desconcertante para o Reino Unido é a sua inflação relativamente superior em comparação com EUA e União Europeia. A inflação continua acima dos 10%, o que exige uma posição mais agressiva do que em países que já mitigaram a pressão sobre os preços para apenas um dígito. Por enquanto, a libra continua estável, com esta decisão já amplamente estabelecida nas suas taxas de juro.

O futuro do Forex

Este último ano foi um período de volatilidade atípica para os mercados de câmbio. O auge desta instabilidade confirmou-se na histórica quebra da paridade entre o EUR/USD, quando o dólar ultrapassou brevemente o valor do euro. Felizmente, as políticas sensatas dos bancos centrais em ambas as margens do oceano ajudaram a colocar novamente este par de moedas em território familiar (e estável). Como o clima geopolítico e económico continua calmo, devemos antecipar o desaparecimento da procura assimétrica pelo USD, permitindo que outras moedas principais recuperem.

Após atingir o valor mais baixo em 20 anos, em setembro de 2022, a moeda única europeia apresenta agora o seu quarto crescimento mensal consecutivo, enquanto os preços das energias regressam a níveis mais sustentáveis e o BCE mantém a sua postura agressiva. De momento, o EUR/USD situa-se nos 1,10, e a ausência de movimentos ao longo destas decisões importantes para as taxas de juro confirma a sua tendência a longo termo. No entanto, o par GBP/USD oscilou ligeiramente após os comentários de Powell na quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023, mas rapidamente recuperou para o valor de 1,23 que apresentara anteriormente ao comunicado no dia seguinte. Com os principais bancos centrais do mundo aparentemente na mesma página, podemos antecipar um período mais típico de estabilidade no mercado Forex.

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